sexta-feira, 7 de maio de 2010

Thriller 'Alan Wake' traz combates que utilizam a luz contra inimigos

Luz e escuridão dão o tom do título exclusivo do Xbox 360.
 O portal G1 da Globo testou o jogo assustador que parece um seriado de TV.


Plataforma: Xbox 360
Produção: Microsoft Game Studios
Desenvolvimento: Remedy
Distribuição no Brasil: Microsoft
Gênero: Ação
Lançamento: 20 de maio no Brasil
Preço sugerido: R$ 160
Nota: 9,0*

A escuridão é o inimigo e a luz é a salvação. Em “Alan Wake”, estes dois elementos opostos permeiam toda a assustadora história. O clima envolvendo os dois é tão bem construído que o jogador respirará aliviado ao acender a luz da casa ou encontrar um ponto de iluminação urbana para se proteger de algo inexplicável que usa as sombras para perseguir o herói.

O herói em questão é Alan Wake, um escritor de sucesso que vai passar as férias com sua esposa em uma cidade no interior dos Estados Unidos chamada Bright Falls. O motivo da viagem para uma cidade calma e com pessoas amigáveis é que Alan não consegue escrever nada há dois anos. Entretanto, ele começa a ser assombrado por pesadelos que parecem se tornar realidade envolvendo as sombras, que acabam seqüestrando a mulher.

O game, exclusivo do Xbox 360, é nitidamente inspirado em seriados como “Twin peaks”, “Lost” e “Arquivo x”, apresentando algo inexplicável que nunca deixa em evidência se o que ocorre é um pesadelo ou é a realidade. Até mesmo o modo no qual a história se desenvolve é no formato de um seriado de TV. Cada fase acontece na forma de um episódio que dura alguns minutos. Tempo suficiente para mostrar um acontecimento, permitir que o jogador realize algumas tarefas e deixe para continuar a aventura no dia seguinte. Há até uma recapitulação de tudo o que aconteceu no game a cada nova fase iniciada.

 Sem saber o que é realidade e o que é sonho, o jogador embarca neste mundo paranóico que é a cabeça de Alan. Ele irá andar por florestas escuras apenas com uma lanterna na mão. O visual do jogo é muito bem produzido e é ele que consegue passar medo e angústia com eficácia. Nos cenários desolados e sem luz alguma, nunca se sabe quando alguém ou algo vai atacar. É a lanterna que, além de apresentar belos efeitos de iluminação e criar um ambiente realista no game, irá proteger o jogador.

Os inimigos surgem como nos filmes: dando um tremendo susto no jogador. Eles andam pelas sombras e atacam Alan com machados e foices. Tentar escapar na escuridão é ineficaz, pois estes monstros, que apresentam uma inteligência artificial muito bem desenvolvida, conseguem se locomover rapidamente. Nesta batalha, apenas a luz consegue proteger Alan das ameaças. Sendo assim a lanterna é a salvação.

Ao apontá-la aos inimigos eles começam a se desintegrar, eliminando as sombras do corpo. É possível até concentrar a luz para paralisar os adversários e até afastar as sombras com maior eficácia, mas a bateria da lanterna acaba mais rapidamente. Em seguida, é necessário atirar com revolveres e espingardas para eliminar os monstros.

Há armas que iluminam o cenário como os sinalizadores. Eles são muito úteis porque, com sua luz intensa, conseguem eliminar diversos inimigos ao mesmo tempo. Geralmente, esses itens especiais estão escondidos no cenário. Alan, com a luz da lanterna, consegue visualizar algumas pistas escondidas no cenário como setas pintadas e desenhos.

O sistema de combates é interessante e, embora se resuma a apontar a lanterna para os inimigos para atordoá-los e atirar, ele exige destreza do jogador. Não há um ícone de mira. Onde a luz da lanterna apontar é para onde o personagem irá atirar. Como os monstros se movem muito rapidamente, Alan possui um sistema de esquiva muito eficiente. Pressionando o botão LB e movimentando a alavanca analógica da esquerda para os lados, ele consegue se proteger das machadadas. Caso o jogador consiga escapar no momento certo, o game apresenta um momento de câmera lenta, tempo suficiente para que o jogador prepare um contra-ataque.

Além destes inimigos bizarros, existem entidades que atacam o herói sem aviso algum. O jogador percebe que algo não está bem quando a escuridão do game aumenta, o som do vento fica mais forte e, mesmo com a lanterna, mal se consegue enxergar o que está pela frente. Às vezes, nos momentos de calmaria, é possível ver ao longe árvores caindo ou sendo arrancadas e casas e pontes de madeira sendo destruídas. Quando esta entidade da escuridão que lembra a fumaça negra de “Lost” aparece, a única solução é correr para um ambiente iluminado e evitar ser atingido por algum objeto.

O bom trabalho da Remedy em “Alan Wake” não está apenas neste mundo sombrio e nos combates. Nos momentos mais tranquilos, a história consegue mostrar mais sobre a vida do personagem, seus problemas para escrever o livro, e sobre a cidade em que ele se encontra. Conversar com os habitantes e procurar por itens especiais estão entre os objetivos nesses momentos.

“Alan Wake” demorou para chegar ao Xbox 360, mas a espera parece ter valido à pena. A história é bem escrita, o personagem principal tem carisma e o mundo do game é crível e repleto de detalhes. O sistema de combates pode parecer um pouco repetitivo, mas preza pela habilidade e pelos reflexos rápidos do jogador. Assim, é impossível cansar dos combates que geralmente começam com um grande susto. O visual do game é muito bem produzido, principalmente os efeitos de luz, mas algumas texturas apresentam baixa qualidade.

Quem estava esperando por um game inteligente, que provocasse a mente de quem o joga tem uma boa aquisição com “Alan Wake”. Ele é um pouco curto, mas deixa a porta aberta para que novos capítulos sejam lançados por meio de download no futuro.

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Postado por: vitor Marques às: 14:11 Categoria:

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