sábado, 22 de maio de 2010

Na despedida do Palestra, Verdão vence Grêmio e ameniza sua crise


A torcida do Palmeiras não está satisfeita com a diretoria e protestou bastante antes e durante a partida contra o Grêmio. Mas, dentro de campo, o clima foi de tranquidade para o Verdão, apesar da fase conturbada. Ignorando os protestos, a equipe alviverde encurralou o tricolor gaúcho e ganhou por 4 a 2, com dois gols de Ewerthon (um ilegal), um de Maurício Ramos e outro de Cleiton Xavier. Jonas e Hugo descontaram. Este foi o último jogo no Palestra Itália antes da reforma que transformará o estádio na Arena Palmeiras. Se der tudo certo, o Verdão voltará a jogar em casa em 2012.

O resultado serviu para amenizar a crise palmeirense, que perdeu o técnico Antônio Carlos durante a semana. O time está com os mesmos sete pontos do líder Botafogo, mas fica em segundo lugar por ter saldo menor. Já o Grêmio vai ter de esperar mais um pouco para tentar se recuperar do baque da eliminação na semifinal da Copa do Brasil, quarta passada, contra o Santos. A equipe está em 19º, com apenas um ponto.


Verdão acerta nos contra-ataques

O primeiro tempo foi veloz, agradável. O Grêmio tomou iniciativa e, tocando bem a bola, chegou a empurrar o Palmeiras para trás. O time gaúcho, porém, girava de um lado para outro sem conseguir furar o bloqueio verde. O Palmeiras, por sua vez, tentava se lançar em contra-ataques com lançamentos de Cleiton Xavier. O camisa 10 do Verdão, com visão de jogo privilegiada, conseguia sempre achar um companheiro livre: ora Ewerthon, ora Vinícius e, às vezes, Armero subindo pela esquerda.

A estratégia do Verdão começou a dar certo aos 15 minutos, quando Cleiton Xavier recebeu passe de Armero e, de calcanhar, tentou achar Ewerthon na área. O passe não foi preciso e a bola estava indo em direção a Rodrigo. O zagueiro, porém, escorregou e Ewerthon pôde alcançar a bola. Com um potente chute de pé direito, ele acertou o cantinho direito de Victor.

O gol fez o Grêmio murchar um pouco. Douglas, apagado, não conseguia encontrar seus companheiros. Já Hugo, preso pelo lado esquerdo, foi burocrático. Com os dois meias em noite sem inspiração. Jonas e Leandro corriam de um lado para o outro esperando a bola, que não chegava.

O Verdão continuava investindo em saídas rápidas e, assim, chegou ao seu segundo gol aos 29. Dessa vez, o lance foi irregular, mas a arbitragem validou. Ewerthon dominou na intermediária palmeirense e partiu em velocidade em direção ao gol gremista. A bola ficou com Vitor, que cruzou da direita. Ewerthon, que correu para a área, fez o corta-luz para Vinícius encher o pé, praticamente à queima-roupa. Victor fez uma linda defesa, espalmando para cima. Na sobra, Ewerthon completou para o gol. O problema é que ele estava impedido no momento do chute de Vinícius.

Na comemoração, Armero e Ewerthon se requebraram e engatinharam imitando cachorro.

- É pro cachorrinho do Armero - explicou o autor do gol.

Mas a alegria durou pouco. Bastou o Verdão marcar o seu segundo gol para o Tricolor dar sinal de vida. Aos 31, Leandro acertou belo lançamento para Jonas, que dominou dentro da área, de pé direito, e chutou de canhota, no canto esquerdo de Marcos. Um belo gol na primeira jogada em que os dois atacantes do time gaúcho conseguiram se encontrar em campo.

Aos 45, Douglas e Marcos Assunção trocaram empurrões, após o gremista fazer falta no palmeirense, e foram expulsos.

Intervalo tenso

Se dentro de campo o clima era tranquilo, apesar das expulsões, fora das quatro linhas o Palestra Itália, que recebeu seu último jogo antes da construção da Arena Palmeiras, era uma panela de pressão. No intervalo, um grupo de torcedores se dirigiu em direção aos camarotes para hostilizar dirigentes. Nas arquibancadas, mosaicos pedindo as saídas do presidente Luiz Gonzaga Belluzzo e do vice-presidente de futebol Gilberto Cipullo. Antes do jogo, esses descontentes estenderam faixas de protesto na rua Turiassu.

Chuva de gols

O que era apenas uma fina garoa no primeiro tempo, se transformou em chuva mais forte e gelada. Mas apenas a chuva era fria. O jogo ferveu. Logo aos quatro minutos, Hugo empatou a partida ao completar, de cabeça, cobrança de falta de Fábio Rochemback. Como no primeiro tempo, o Grêmio tentava ir para cima, tinha a bola, mas vacilava e dava espaços para o Verdão puxar contra-ataques.

Aos 15, o time da casa voltou a ter vantagem quando Maurício Ramos, que entrou no lugar de Léo, machucado, subiu mais que todo mundo para completar cobrança de escanteio da direita. A cabeçada foi violentíssima e certeira. O jogo voltava a ficar bom para o Palmeiras, que tinha muitos espaços para dominar a bola e partir em velocidade.

Além disso, havia as falhas do Grêmio. O time gaúcho perdia as divididas e desperdiçava passes óbvios no meio de campo, dando chance ao adversário. Foi exatamente assim que o Palmeiras chegou a seu quarto gol. Aos 25, Maílson perdeu a bola no ataque e viu a casa cair. O contra-ataque, puxado por Cleiton Xavier, foi fatal. O meia avançou sozinho e passou para Vinícius, que entrava pela direita. O garoto, de 16 anos, perdeu o ângulo, mas, mesmo cercado, conseguiu girar o corpo e devolver a bola para Cleiton, que entrava pelo meio. O camisa 10 só empurrou rasteiro para as redes.

O quinto gol poderia ter saído aos 29, quando Armero fez boa jogada individual pela esquerda, invadiu a área e foi derrubado por Rodrigo. O pênalti foi claríssimo, mas o árbitro Paulo Godoy Bezerra ignorou.

Mas nem fez falta. O quarto gol garantiu o triunfo verde. Aliviada após a vitória, a torcida palmeirense, que tanto tem sofrido, cantou a "Tarantella", tradicional canção italiana.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/jogo/brasileirao2010/2010-05-22/palmeiras-gremio.html

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Postado por: Felipe Oliveira às: 17:17 Categoria:

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