Confira as estreias de 14/5/10

ROBIN HOOD
(Robin Hood)
EUA/Reino Unido, 2009 / Aventura
Direção: Ridley Scott
Elenco: Russel Crowe, Cate Blanchett, Mark Strong

Crítica: Em sua quinta parceria com o ator Russell Crowe, Ridley Scott opta por misturar história, política e ficção em uma recriação livre dos eventos que teriam levado ao surgimento da lenda de Robin Hood. Aqui, o arqueiro malandro que "roubava dos ricos para dar aos pobres" veste roupinha verde e pena no chapéu e é transformado em um herói revolucionário que lidera os oprimidos, no que culmina com a assinatura da Magna Carta. Como em "Gladiador", o filme de Scott gira em torno de cenas grandiosas e sangrentas de batalhas e busca uma estética mais sóbria do que as encarnações prévias de Hood no cinema. Destaque para as boas atuações de Cate Blanchett, como uma Lady Marion mais avalentada que de costume, e Mark Strong, que encarna o vilão implacável Godfrey, duas-caras que consegue pôr ingleses contra a França e, pior, contra eles próprios. (Diego Assis, do G1)

OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES
(Män som hatar kvinnor)
Suécia/Dinamarca/Alemanha, 2009 / Suspense
Direção: Niels Arden Oplev
Elenco: Michael Nyqvist, Noomi Rapace, Sven-Bertil Taube

Crítica: Adaptação da trilogia “Millenium”, escrita pelo sueco Stieg Larsson e publicada após sua morte em 2004, o filme se baseia no primeiro livro da saga que já vendeu mais de 27 milhões de exemplares no mundo. O thriller conta a história do repórter Mikael Blomkvist, que se vê prestes a ser preso após condenação por matéria em que denunciava um poderoso empresário. Sua salvação surge pelas mãos de um magnata, que o desafia a encontrar sua sobrinha desaparecida há mais de 40 anos. Para ajudá-lo na espinhosa tarefa, ele conta com a ajuda da jovem e arredia hacker Lisbeth Salander. Apesar de uma boa introdução e de caprichar na fotografia e trilha sonora, a longa duração (são quase duas horas e meia de projeção) desnuda fragilidades do roteiro e joga luz sobre passagens fantasiosas demais e diálogos repetitivos – quando não excessivamente didáticos. Hollywood, contudo, promete uma versão mais sofisticada da trama para 2012, com provável direção de David Fincher (de "Zodíaco"). (Caio Terreran, do G1)

O PREÇO DA TRAIÇÃO
(Chloe)
EUA, Canadá, França, 2009 / Drama
Direção: Atom Egoyan
Elenco: Julianne Moore, Liam Neeson, Amanda Seyfried

Crítica: Chloe é uma jovem prostituta que conhece a ginecologista Catherine no banheiro de um restaurante. Neste momento, Chloe está chorando e Catherine tenta se recompor da suspeita de que seu marido, o professor David tem casos com alunas. O casamento de ambos passa por turbulências e, com o desenrolar da trama, Catherine decide propor à nova amiga que ela seduza David. Dias depois, Chloe relata seu primeiro encontro com ele. A esposa sofre com os detalhes, mas aumenta seu envolvimento pedindo que a garota continue o plano. O filme possui uma envolvente atmosfera sensual, que nunca chega a ser grosseira, com a câmera mantendo uma discreta distância dessas mulheres tão bonitas quanto opostas em seus objetivos. (Luiz Vita, do Cineweb)

MARÉ DE AZAR
(Extract)
EUA, 2009 / Comédia
Direção: Mike Judge
Elenco: Jason Bateman, Ben Affleck, JK Simmons

Crítica: O criador da série "Beavis e Butt-head" assina o roteiro e a direção dessa comédia mezzo-depressiva em que Joel, o químico de uma pequena fábrica de xarope, vê seus negócios piorarem quando um dos empregados sofre um acidente de trabalho e ameaça processar o chefe. Em sua casa, as coisas também não vão bem. Há meses, sua mulher se recusa a fazer sexo. E seu vizinho chato não o deixa em paz. Enfim, a vida do químico é uma maré de azar. Mas ele acredita que tudo pode mudar com a chegada de Cindy, uma nova funcionária bonita, interessada e oferecida. Atraído, Joel tenta seduzi-la, mas Cindy não é bem o que parece ser. No filme, o diretor se interessa pelo ambiente de trabalho e sua influência na vida pessoal dos personagens, entretanto, as piadas acontecem sucessivamente e o resultado final mais parece uma sucessão de gags, como um programa humorístico ou uma sitcom. (Alysson Oliveira, do Cineweb)

MADEMOISELLE CHAMBON
(Mademoiselle Chambon)
França, 2009 / Drama
Direção: Stéphane Brizé
Elenco: Giovanna Mezzogiorno, Filippo Timi

Sinopse: O longa narra a história de Jean, um homem que vive uma vida pacata ao lado da esposa e do filho pequeno. Porém, ele tem sua rotina alterada ao atender ao pedido de mademoiselle Chambon, a professora da criança. Jean torna-se substituto de uma docente da escola em que seu filho estuda. Mas gradativamente, vai se apaixonando pela bela e charmosa Chambon, pondo sua união estável em risco por causa dessa atração. (G1 Pop & Arte)

PECADOS DO MEU PAI
(Pecados de mi padre)
Argentina/Colômbia, 2009 / Documentário
Direção: Nicolás Entel

Sinopse: O último telefonema feito pelo chefão do narcotráfico colombiano Pablo Escobar antes de ser abatido a tiros em Medellín foi para seu filho - e muitos imaginavam que Juan Pablo Escobar seguiria os passos do pai. Mas, 16 anos depois, ele pede perdão às vítimas do pai neste documentário. Fora da Colômbia em 1994, um ano depois de seu pai ser executado, Juan vive tranquilo em Buenos Aires, onde é arquiteto, usando o nome de Sebastián Marroquin. No filme, o arquiteto conta a história de seu pai e encontra os filhos de duas das mais destacadas vítimas do traficante: o ex-ministro da Justiça Rodrigo Lara Bonilla e o candidato presidencial Luis Carlos Galan. O longa metragem foi lançado na edição de 2009 do festival argentino de Mar del Plata. (Da Reuters)

SEMPRE BELA
(Belle toujours)
Portugal/França, 2009 / Drama
Direção: Manoel de Oliveira
Elenco: Michel Picolli, Bulle Ogier, Ricardo Trepa

Sinopse: Cineasta com vasta filmografia, o diretor português recupera duas personagens do filme "A bela da tarde", de Luis Buñuel - e acaba por homenagear um dos grandes pilares do cinema espanhol. (G1 Pop & Arte)

Fonte :http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2010/05/confira-estreias-de-14510.html