O trio norte-americano ZZ Top, donos das barbas mais famosas do showbiz, se apresenta nestas quinta-feira (20) e sexta-feira (21) em São Paulo, com show de abertura de Hudson Cadorini & Banda Rollemax, grupo do ex-sertanejo que fazia dupla com o irmão Edson.
Billy Gibbons, guitarrista do trio, conta em entrevista por e-mail ao G1 que o cuidado com os pelos faciais ocupa um bom tempo dele e do baixista Dusty Hill. “Tratamos nossas barbas como bichinhos de estimação. Para manter elas macias e crescendo é necessário uma boa nutrição, bons penteados e precisamos deixar elas bem protegidas durante o sono”, explica.
Formado em 1969, o ZZ Top é uma das bandas que se mantém na ativa há mais tempo com a mesma formação – Gibbons, Hill e Frank Beard na bateria. “Nós gostamos do que fazemos e estamos começando a ficar bons nisso depois de toda essa prática. Desde que eu me lembro, nós saímos por aí e nos divertimos bastante, não temos por que mudar isso. Como diz o ditado, ‘os mesmos três caras e os mesmos três acordes’”, comemora o guitarrista.
ZZ com RR
Sem lançar álbuns desde 2003, quando saiu o disco “Mescalero”, Gibbons explica que a banda está voltando a gravar após uma reestruturação, com nova gravadora e novo empresário. “Temos dois DVDs ao vivo recém-lançados, para quem precisar de uma dose de ZZ Top. Já começamos a trabalhar em estúdio com Rick Rubin (que trabalho com os Beastie Boys e Johnny Cash), e a mixagem está ficando barulhenta e suja. O RR está fazendo o ZZ andar nos eixos”, brinca.
Um dos principais temas das letras do grupo são carros modificados de alta performance e de alto consumo de combustível. Mas em tempos de aquecimento global, o guitarrista garante que a banda faz o melhor para emitir o mínimo de dióxido de carbono possível.
“Nós fazemos a turnê pelos EUA de ônibus, que emite menos gases do que se fizéssemos de avião. A maior parte dos carrões que você vê nos clipes não andam muito. Pensamos neles como esculturas sobre rodas. E nós estamos andando bastante de bicicleta por aí ultimamente”, lista o músico.
'Bienvenido!'
Outra marca registrada do grupo é a influência de música e costumes mexicanos, visível em títulos de discos como “El loco”, “Tres hombres” e “Degüello”. Com bom humor, Gibbons aproveita para rejeitar a recente onda de edurecimento nas leis de imigração dos EUA.
“Assim como o Brasil, o nosso país foi criado pelos descendentes daqueles que vieram de outros lugares procurando oportunidades que talvez não tivessem em casa. Como fãs da cultura e da comida mexicana, nós dizemos ‘Bienvenido a nuestro país!’ para aqueles que quiserem vir para cá contribuir com a paisagem multi-cultural da vida americana”, celebra.
ZZ Top em São Paulo
Onde: Via Funchal - Rua Funchal, 65
Quanto: Entre R$ 200 e R$ 500, com direito à meia entrada
Informações: www.viafunchal.com.br / (11) 2144-5444
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