domingo, 28 de março de 2010

Disputa dos royalties chega às salas de aula

Estudantes do Rio se mobilizam e entram na campanha contra a perda dos recursos do pré-sal

Rio - A covardia contra o Rio, que pode perder R$ 7,3 bilhões caso a Emenda Ibsen passe no Senado, mobiliza estudantes em busca de informações sobre os royalties. Os jovens estão dispostos a fiscalizar a aplicação dos recursos e liderar ações para impedir que os direitos do estado e de municípios produtores sejam “surrupiados”. Foi o que O DIA constatou na escola mais mobilizada em torno da polêmica partilha, com discussão chegando às salas de aula do Colégio Estadual Vicente Jannuzzi, na Barra da Tijuca.


Os integrantes do grêmio estudantil mobilizaram colegas para protestar contra a emenda. A iniciativa rendeu palestras e avisos nos diversos turnos. O grupo, formado por nove estudantes, juntou mais de 2 mil alunos e lotou três ônibus rumo à passeata de 17 de março, no Centro do Rio. A estudante Thais Gomes Sant’ Anna, 17 anos, lembrou que a dúvida mais comum era saber para onde vão os recursos dos royalties: “Primeiro, buscamos informações. Isso porque só sabíamos o que estava na televisão. O grupo resolveu pesquisar e percebeu que o impacto seria prejudicial para o estado, principalmente para a educação”.

Outro integrante do grêmio, Fabrício Marques, comentou que foram avisados da passeata pela Ubes (União Brasileira de Estudantes Secundaristas). Se reuniram e entraram em ação para mobilizar a escola. “O estado precisa investir em educação. Hoje, os professores têm 34% de defasagem salarial. Eles têm que receber salário digno. O professor bem remunerado é qualificado”, avalia Mateus Magnus Paape, 19.

Os jovens acompanham de perto a discussão do pré-sal e pedem que os royalties sejam destinados ao meio ambiente também. “Somente com o refino (do petróleo), o Brasil vai ser o terceiro país mais poluidor do mundo”, ressaltou Mateus. Para a estudante Dayne Vallim, 19, o problema de perder esse dinheiro é que o estado é dependente. “Em Campos, por exemplo, afetaria em cheio o saneamento”, comentou Dayne. Ela disse que o manifesto serviu para que os jovens se interessassem pelo assunto.


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Postado por: vitor Marques às: 04:49 Categoria:

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